Cinco Pedras

Texto-Base: I Sm 17:40.

Todos nós temos nossos gigantes. Dívida. Desastre. Perigo. Engano. Doença. Depressão. Estão ali, todos os dias, batendo em nossas portas, se levantando nos vales da vida e gritando para nós: “Você não pode me vencer”. Na história de Davi e Golias, o gigante se colocou à frente do exército de Israel durante 40 dias (I Sm 17:16). Aquilo estava virando um grande tormento. Até que Davi chegou e resolveu tomar uma atitude:

Encarar o gigante. Devemos lutar com nossos gigantes, mas primeiro, precisamos olhar para Deus. Concentre-se nos gigantes e você tropeçará. Concentre-se em Deus e seus gigantes cairão.

Então Davi passa pelo riacho e apanha cinco seixos. Por que Davi apanhou cinco pedras e não duas ou vinte? Vamos usar os cinco dedos de nossa mão para nos ajudar a lembrar das cinco pedras que devemos colocar em nossa vida:

Primeiro vem a pedra do PASSADO (I Sm 17:34-36). Levante o polegar, ele aponta para traz, para o passado. Antes de lutar com o brutamontes lá fora, Davi, diante do rei Saul, se lembrou que Deus deu-lhe força para lutar contra um leão e atacar um urso. Não faria o mesmo com o gigante? Davi tinha certeza que sim. Devemos nos lembrar das maravilhas que Deus já nos fez (I Cr 16:12) e crer que Ele é poderoso para continuar fazendo. “Escreva as preocupações de hoje na areia. Grave as vitórias de ontem na pedra.”

A Segunda pedra é a da ORAÇÃO (I Sm 17:45). Observe o vale entre o polegar e o indicador. Davi entendia de vales (Sl 23:4). Antes de lutar Davi também orou, bradou dizendo: “Hoje mesmo o Senhor me entregará nas tuas mãos”. Ao invés de se exaltar como fazia o gigante, ele se humilhou dizendo que não seria ele o responsável pela vitória, mas sim o Senhor (I Sm 17:47). Paulo escreveu: “Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração” (Ef 6:18). Essa é a segunda e fundamental pedra que vai para o alforje.

A pedra de número três é a da PRIORIDADE (I Sm 17:46-47). Deixe que o seu dedo mais comprido o faça lembrar sua prioridade mais importante: a reputação de Deus. Davi via Golias como uma chance de Deus se mostrar, revelar sua glória às nações. Faça o mesmo, veja sua doença, como uma chance de Deus relevar seu poder curador. Seu pecado como a oportunidade dele mostrar sua graça. Seu casamento em conflito como o momento de Deus demonstrar sua restauração eficaz. Use seus problemas para a glória de Deus!

A quarta é a pedra da PAIXÃO (1 Sm 17:48). Seu dedo anelar te lembrará de sua paixão por Deus. É nele que colocamos nossas alianças, símbolos da paixão e amor que temos por alguém. Paixão demonstra loucura. O Dicionário Michaelles define também como: “Movimento impetuoso da alma para o bem ou para o mal. Os tormentos padecidos por Cristo ou pelos mártires.” O autor aos Hebreus nos indica que Cristo se apaixonou pela humanidade a ponto de morrer por ela (Hb 2:9). A paixão de Davi pelo seu Senhor fez ele correr, não para longe, mas em direção ao seu gigante e encará-lo. Que a paixão de Cristo por nós declarada na cruz, nos motive a lutar, a encarar nossos desafios.

A última pedra é a da PERSISTÊNCIA (I Sm 17:40). O último dedo nos lembra a última pedra. A quantidade de pedras que Davi pegou no riacho nos faz pensar que, se a primeira não alcançasse seu alvo ele continuaria tentando com a segunda, a terceira e assim por diante. Persistência. Não podemos desistir. Nossa atitude diante dos gigantes da vida deve ser a de nunca parar de lutar, nunca parar de tentar. Davi só precisou de uma pedra e seu gigante caiu. Talvez precisemos de um caminhão de pedras. Não importa. Não vamos desistir.

Davi apanhou cinco pedras. Ele tomou cinco decisões. Faça o mesmo. Se lembre do Passado. Passe pelo vale da Oração. Priorize Deus. Tenha Paixão por Ele. E Persista até o fim.

Texto da mensagem ministrada nos Cultos de Celebração das Igrejas do Evangelho Pleno em 29/04/2012