domingo, 3 de março de 2013

Uma Mente de Escravo Nunca Conquista a Promessa


Quando o povo de Israel chega às portas de Canaã, a Terra Prometida, Moisés envia doze príncipes, doze líderes escolhidos, para espiar a terra e relatar ao povo o que viram. Ao retornarem, trouxeram nas mãos amostras do fruto da terra. Entre os espias, dez não estavam confiantes nas promessas de Deus; enxergaram a terra da perspectiva humana e viram a si mesmos da mesma maneira que os habitantes de Canaã os viam: como gafanhotos, trouxeram em suas mentes notícias de derrota. Para esses dez espias, o problema era insuperável. 
Duvidaram da promessa de Deus de expulsar os habitantes daquela terra. Josué e Calebe, porém, visualizaram a terra prometida da perspectiva divina e compreenderam que Israel tinha condições de prevalecer. A presença dos gigantes representava apenas um detalhe. Os dez espias com as mentes de perdedores, não a conquistaram e ainda contaminaram todo o povo, retardando o processo da posse da bênção. Porque o povo deu ouvidos ao relatório desses espias e não ouviram Josué e Calebe, infelizmente, aquela que era a geração da promessa, que viu o mar Vermelho se abrir, que viu a terra prometida e o seu fruto, não entrou em Canaã, morreu no deserto e fez com que seus herdeiros levassem quarenta anos para entrar na terra prometida.

POR QUE ESSES DEZ PRÍNCIPES AGIRAM ASSIM? Porque, embora tivessem saído de dentro do Egito, o Egito não havia saído de dentro deles. Ficaram tanto tempo escravos no Egito, que mesmo libertos e diante da promessa, agiram como escravos. Estavam livres, mas porque tinham a mente escravizada, tiveram dificuldades de experimentar o novo de Deus para eles. A Palavra de Deus nos exorta a renovarmos a mente, caso contrário jamais experimentaremos o êxito em Cristo. "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." (Rm. 12:1-2). Esses espias tinham a mente escravizada, demonstrando características negativas e marcas de perdedor.

MEDO. "O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades, mui grandes e fortificadas; também vimos ali os filhos de Anaque. Os amalequitas habitam na terra do Neguebe; os heteus, os jebuseus e os amorreus habitam na montanha; os cananeus habitam ao pé do mar e pela ribeira do Jordão. Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela. Porém os homens que com ele tinham subido disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós." (Nm. 13:28-31). O medo é paralisa a pessoa e a impede de conquistar a promessa. Quando o medo entra em ação, ele paralisa a fé e imobiliza as ações de conquista, travando o seu possuidor. O medo é um dos maiores geradores de discípulos desistidos na caminhada espiritual. O medo desvia os olhos da bênção para as circunstâncias, fazendo a pessoa mudar de foco, mesmo quando já está diante da promessa. O medo hipertrofia o poder e as ações do adversário e minimiza ou anula o poder e as operações de Deus. Leva a pessoa a se fixar no tamanho dos inimigos e dos obstáculos e não mais o da bênção. Faz de nós covardes e perdedores, impedindo nossas conquistas. Discípulos com medo, além de não tomarem posse da promessa, infundem o medo no seu povo, impedindo que muitos conquistem a bênção. Para ser conquistador é preciso mudar de mentalidade e lançar fora todo medo.

INFAMAR A PROMESSA. "E, diante dos filhos de Israel, infamaram a terra que haviam espiado, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra que devora os seus moradores; e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura." (Nm. 13:32). Infamar é desacreditar da promessa; é rejeitar a bênção de Deus; é dizer que a promessa de Deus é maldição e não bênção. É atribuir mentiras à promessa de Deus, chamando-a de "terra que devora seus moradores", e não mais de "terra que mana leite e mel"Por causa do medo muitos agem assim, dizendo que a bênção e as promessas de Deus para a Igreja são, na verdade, maldição para o povo. É preciso valorizar a promessa de Deus e o fato de ser chamado para possuí-la.

INSEGURANÇA. "Também vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos." (Nm. 13:33). A insegurança é parceira do medo e, em geral, está ligada a problemas de identidade. Estiveram tanto tempo oprimidos no Egito, que mesmo depois de saírem de lá, por causa da velha mentalidade, ainda se viam como escravos, dominados e inferiores. Não haviam assumido a identidade de libertos do Senhor e, por causa disto, supervalorizaram os inimigos e se autodepreciaram (viram-se como gafanhotos!). A insegurança mostra uma identidade deformada e inibe ou retarda a conquista de territórios. Todo discípulo precisa ser liberto da insegurança para tornar-se um conquistador das promessas de Deus.

MURMURAÇÃO. "Levantou-se, pois, toda a congregação e gritou em voz alta; e o povo chorou aquela noite. Todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhes disse: Tomara tivéssemos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto!" (Nm. 14:1-2). A murmuração acompanha o medo e a insegurança. Deus não tolera a murmuração e, por causa dela, muitos não conquistam seus territórios. Para a bênção entrar, a murmuração deve sair! Conquista e murmuração jamais andam juntas. Para se tornar um conquistador das promessas de Deus, o discípulo precisa ser liberto da murmuração.

REBELIÃO. "E por que nos traz o SENHOR a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não nos seria melhor voltarmos para o Egito? E diziam uns aos outros: Levantemos um capitão e voltemos para o Egito." (Nm. 14:3-4). Rebelião é o ato de resistir à autoridade instituída. Ela só flui do coração daquele cuja mente não foi renovada em Cristo. A mente não renovada não autoriza o discípulo a se submeter, nem a obedecer a certos comandos, principalmente quando isto traz o novo para sua vida. Sempre que Deus move no sentido de nos levar a experimentar mudanças, a mente de escravo tenta se manifestar, trazendo medo, insegurança e desconforto emocional, levando-nos a resistir, mesmo inconscientemente, à voz de Deus. Isto é rebeldia! A mente não renovada não está aberta às renúncias necessárias para que se faça a vontade de Deus, principalmente quando esta vontade mexe com nossas estruturas de conforto emocional. Rebelião traz derrota e morte, na vida do líder e dos liderados! Deus quer nos libertar da rebelião. Submissão e obediência são marcas inquestionáveis de um conquistador de promessas.

INCREDULIDADE. "E Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, dentre os que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes e falaram a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra muitíssimo boa. Se o SENHOR se agradar de nós, então, nos fará entrar nessa terra e no-la dará, terra que mana leite e mel. Tão-somente não sejais rebeldes contra o SENHOR e não temais o povo dessa terra, porquanto, como pão, os podemos devorar; retirou-se deles o seu amparo; o SENHOR é conosco; não os temais. Apesar disso, toda a congregação disse que os apedrejassem; porém a glória do SENHOR apareceu na tenda da congregação a todos os filhos de Israel. Disse o SENHOR a Moisés: Até quando me provocará este povo e até quando não crerá em mim, a despeito de todos os sinais que fiz no meio dele?" (Nm. 14:6-11). A incredulidade é parceira da rebelião, do medo e da insegurança. O povo viu os sinais e maravilhas de Deus no Egito e no deserto, mas não creu que a Terra Prometida era a bênção de Deus para eles, nem que Ele era poderoso para continuar operando a seu favor. A mentalidade de escravo roubou-lhes a fé, a expectativa do sobrenatural de Deus, a confiança na fidelidade de Deus. Tinham as mentes cativas pelo velho senhorio dos opressores egípcios, seus antigos senhores nada confiáveis. Como então acreditar nesse novo Senhor e no Seu libertador? A incredulidade é um afronta à soberania e à fidelidade de Deus. Conquistadores são homens e mulheres de fé! O Senhor quer levantar um exército de discípulos cheios de fé, que marchem como conquistadores na terra da família, da santidade, das células, das finanças, das cidades. O Senhor quer entregar o governo na sua Igreja para líderes que sejam modelos na fé, que creem no sobrenatural de Deus. O Senhor colocou você diante de Canaã. Abra seus olhos espirituais e tenha a visão de Deus para sua vida, família, células, finanças. Renuncie agora mesmo a todo governo da mentalidade de escravo sobre sua vida. Quebre os pactos e rasgue os argumentos do velho passado em sua vida. Veja-se um conquistador em Cristo, chamado para tomar posse da bênção. Deus quer libertar você, renovar sua mente em Cristo, porque sua família, suas células, seu bairro e sua cidade precisam ser conquistadas e consolidadas. Deus quer abençoar você. Tome posse da libertação da velha mentalidade, em nome de Jesus. Vire as costas para o Egito e veja-se entrando em Canaã, na sua porção! O amor do Senhor te surpreenderá.

Texto da mensagem nos cultos de celebração da Igreja do Evangelho Pleno em 03/03/2013

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