Carta de Deus aos filhos perdidos
“Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, produzida por nosso ministério e escrita, não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo...” II Coríntios 3:3.
Imagine que você, tendo um filho desaparecido e depois de muitos anos sem notícia, descobre que ele está cativo numa nação longínqua e fechada, completamente desamparado e a beira da morte. Então você providencia tudo o que é necessário, vende seus bens e prepara os meios para trazê-lo de volta. Com o plano pronto e os recursos garantidos, lhe manda uma carta com tudo o que ele precisa saber para ser salvo. Como seria esta carta?
Imagine que você, tendo um filho desaparecido e depois de muitos anos sem notícia, descobre que ele está cativo numa nação longínqua e fechada, completamente desamparado e a beira da morte. Então você providencia tudo o que é necessário, vende seus bens e prepara os meios para trazê-lo de volta. Com o plano pronto e os recursos garantidos, lhe manda uma carta com tudo o que ele precisa saber para ser salvo. Como seria esta carta?
Então, você a envia e fica na expectativa de que ela chague às suas mãos, antes da morte. Esta é uma pálida descrição da história de Deus com os homens. Ele fez tudo o que podia para resgatar seus amados do reino das trevas. Agora, envia uma carta aos seus filhos cativos contendo as boas novas de salvação. E a grande verdade é que a carta somos nós, sua igreja!
Em nós esta escrita toda mensagem de Deus para os homens. Se falharmos, de nada terá valido a Cruz para esta geração. É disso que Paulo está falando em II Coríntios 3:3. E se prestarmos atenção, há três conceitos dos quais precisamos ser conscientizados para cumprirmos nosso papel:
Responsabilidade,
Formação,
Unção.
Sem a revelação destas verdades, nossa visão se corrompe e não cumprimos nosso propósito na terra. Paulo diz que “já é manifesto” que somos a carta de Cristo. Ou seja, já está resolvido, designado, determinado, publicado que nós somos seu instrumento de comunicação. A igreja é o único canal de salvação. Não há duas cartas, não há um “plano B”. A responsabilidade é toda nossa. Se nós não fizermos, ninguém fará! Não está sobre os anjos, sobre Israel, sobre um governo ou instituição o ministério da reconciliação. Somente a igreja foi enviada com autoridade para pregar o Evangelho. Se ela falhar, as pessoas lá fora não tem nenhuma chance. Portanto, pesa sobre nós uma grande responsabilidade.
O segundo conceito fundamental é formação. Paulo usa a expressão “produzida por nosso ministério”, se referindo à igreja de Corinto. Isso indica que precisamos ser produzidos, formados, moldados como discípulos de um ministério idôneo. Parte do fracasso da igreja em resgatar as gerações é resultado da falta de discipulado. Um povo volátil, sem raiz, sem aliança, sem cobertura, sem formação não pode conquistar uma geração. Precisamos ser uma igreja de vínculos. Temos que identificar nossos pais e nos aliançar com eles. Não podemos viver sem genealogia espiritual. E uma vez aliançados, não há espaço para descompromisso e abandono. Filho não fica trocando de pai. Ser produzidos demanda de nós um coração quebrantado e ensinável. A não ser que permitamos que nossos líderes toquem em nós e nos produzam, seremos uma expressão de mau testemunho, como letras borradas na carta. Portanto, temos que nos submeter ao discipulado. Uma igreja sem discipulado produz eternos bebês. Sem ensino, disciplina, uma criança se torna um marginal. Eis o motivo principal da deficiência de testemunho e autoridade da igreja atual. Isso lança sobre os líderes uma grande responsabilidade. Não temos a missão apenas de ajuntar gente, mas de produzir discípulos que se tornem referência e isso exigirá mais do que retórica. Exigirá modelo.
O terceiro conceito é unção. Paulo diz que a carta é “escrita, não com tinta, mas com o Espírito de Deus vivo”. Ou seja, o Espírito Santo é a tinta que escreve a carta. Você já tentou ler uma mensagem escrita com uma caneta que estava falhando? Difícil, não? Pois então, não temos como conquistar o mundo sem unção. É como escrever com uma caneta sem tinta. A mensagem não fica clara. Fazer a obra de Deus sem unção é pura presunção. Nem Jesus ousou e nem seus discípulos. Apesar do preparo excelente, formando-os na palavra e dando-lhes experiências ao longo de três anos muito intensos, o Senhor ordenou que ficassem em Jerusalém até serem revestidos de poder. Só então poderiam sair para cumprir a missão. Ora, se os homens que frequentaram a melhor escola de liderança da história, sendo discipulados diretamente por Jesus, não estavam preparados para pregar o evangelho antes de serem cheios do Espírito, como é que nós podemos nos arrogar a tal façanha?
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