Dando a volta por cima
I Samuel 19:1-8
Um líder (crente) precisa aprender a superar as perdas. Na vida, elas são inevitáveis e causam dor, mas não podem paralisar um homem de Deus para sempre. As palavras de Joabe a Davi são um chacoalhão naqueles que se entregam ao abatimento. Às vezes apostamos todas as nossas fichas em algo que não termina como planejamos. Absalão era o filho de Davi que tinha “cara de príncipe”. Certamente seu pai havia feito planos e investimentos em sua vida, mas tudo deu errado.
Absalão teve que ser colocado na lista das decepções, na conta das perdas. Satanás quer por tudo prender-nos às perdas e desviar nossa trajetória de conquista, atraindo-nos ao lugar sombrio da lamentação. Muitas pessoas têm perdido o “bonde de Deus” por ficarem velando aqueles ou aquilo que, de alguma maneira, morreu. O Senhor tem tanta coisa à nossa frente, que não podemos permitir que nenhuma perda ou frustração nos paralise. Há um grande risco quando nosso olhar é paralisado num ponto negro da nossa história. Podemos perder o bonde pra o melhor que ainda está por vir.
A Bíblia está cheia de homens que tiveram que se desprender dos seus “mortos” para entrarem no melhor de Deus. Josué, Isaías, Abraão (esquecendo Ló) são exemplos de pessoas que tiveram que deixar os mortos para trás a fim de avançarem com o Senhor. Diante das perdas e decepções, temos sempre dois caminhos a seguir: Se ficarmos paralisados, lamentando as perdas, colheremos terríveis prejuízos. Se reagirmos e olharmos para frente veremos o Senhor nos honrando com restituição.
O que acontece quando ficamos lamentando as perdas?
Perdemos a visão e alegria das vistorias que Deus nos está dando. Deus estava restituindo o trono a Davi, mas ele estava mergulhado demais na perda para perceber isto. Deus está fazendo coisas tremendas em nosso meio. Para cada crente que se desvia, há dezenas que se convertem. Para cada líder que entrega a célula, há muitas que se preparam para abrir células. Não podemos perder de vista a bênção. A lamentação turva os nossos olhos e nos tira o brilho da vida. Os discípulos de Emaús são um exemplo de como a decepção pode nos cegar.
Envergonhamos e desonramos os que são fiéis. Ao pararmos para “curtir nossas dores e perdas”, desvalorizamos pessoas que têm aliança conosco e que continuam acreditando. Diante de tanta gente fiel que Deus levantou ao meu lado, eu não tenho direito de ficar chorando pelos infiéis. Trata- se de uma escolha. Daremos nosso coração à decepção ou à inspiração? Ilustração: Há sempre sete mil joelhos que não se curvaram a Baal! “Chorar o leite derramado” não gera provisão. Quando percebemos que uma aposta nossa não vingou, a única opção é fazer outra. Há gente esperando a nossa vitória! Para feridos no campo de batalha, diminuímos nossa marcha, mas para os mortos não, a fim de não comprometer os vivos. O que estamos ensinando não é a insensibilidade, mas a inteligência. Aos fracos, carregamos nos ombros, mas aos mortos (os que escolhem o pecado, que os nos abandonam) deixamos para trás. Sempre haverá um fiel para substituir o infiel. Davi perdeu Absalão, mas ganhou trinta valentes como Joabe. Haverá sempre um Matias para o lugar de Judas e um Josué para substituir Moisés.
Ministramos um espírito de desânimo sobre aqueles que estão conosco. Ao escolhermos ficar girando em torno das perdas, liberamos fraqueza sobre os que nos seguem. A lamentação tem o poder de derreter o coração de uma família, de uma equipe, de um povo. Não podemos permitir que uma voz de luto se sobreponha à Palavra de Deus. Quanto mais falamos das perdas, mais enfraquecemos a fé dos que andam conosco. A lamentação pode transformar em pouco tempo um grupo conquistador em um grupo acovardado. Especialmente se você for um líder, escolha o que você vai falar à sua gente. Por causa da lamúria de Davi, o mesmo povo que havia saído à guerra para devolver-lhe o trono, agora entrava na cidade às furtadelas, como se fossem fugitivos.
Como devemos reagir diante das perdas e decepções?
Temos que nos levantar contra todo sentimento de frustração. O desânimo e a tristeza são sentimentos contagiosos e progressivos. Temos que nos rebelar contra eles, antes que eles nos destruam. Se não há mais como viabilizar um velho e belo sonho, comece o quanto antes a investir em outro. Não dê tempo para a lamentação fortalecer-se em seu coração. A palavra de Joabe para Davi foi “Levanta-te agora!” Não permita que a decepção se torne uma raiz de amargura em seu coração. Nosso primeiro campo de batalha e nossa própria alma. Não aceite que fortalezas de decepção sejam erguidas em sua mente. Bombardeie-as antes que se tornem grandes demais. Seja um Joabe na vida daqueles que estão se entregando à lamentação. Abra os olhos, anime e fortaleça aqueles que estão abrindo mão do reino por causa de Absalão.
Temos que nos afastar do ambiente que nos prende à morte. Sair da lamentação implica em rejeitar todo lugar e toda pessoa que queira nos manter ligados à perda. Na caverna, Deus não pode restaurar o nosso coração. A primeira palavra que Deus deu a Elias quando ele entrou na “caverna da decepção” foi: “Que fazes aqui, Elias? Vem para fora”.
Temos que escolher a linguagem dos fiéis. Os que têm um espírito excelente esperam ouvir palavras de vida e não lamúrias ou lamentações. É ao coração destes que devemos falar. Há sempre gente pronta para lutar com aqueles que têm uma palavra de vitória. Com a sua palavra você pode suscitar os valentes ou ajuntar os covardes. Escolha falar a língua dos valentes! Os semelhantes se atraem e se identificam pela linguagem. Se quiser cercar-se de gente desistida, fale como um desistido. Se quiser cercar-se de gente decidida, fale como um decidido.
O que você resolve fazer diante da morte de Absalão? Vai levar até morrer com ele ou vai levantar-se e tomar posse do Reino que Deus está colocando em suas mãos? É você quem resolve!
Texto da mensagem ministrada nos cultos de celebração da Igreja do Evangelho Pleno de Araguari-MG e em todas as demais Igrejas sob cobertura em 29/06/2014.
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