Conquistando os sonhos de Deus
Juízes 7.1-7
Gideão recebeu um desafio: enfrentar e derrotar os midianitas. Um desafio enorme. Mas quando Deus chama alguém ele não chama para fazer um piquenique ou um passeio, mas Ele sempre diz: eu tenho algo que você precisa fazer. Deus é especialista em fazer desafio. Mas o que é desafio? É uma proposta de guerra. E o desafio de Gideão foi grande. E eu sei que ministério é desafio. Não é coisa simples, fácil ou tranquilo logo no início. Deus sempre nos dá desafios. Diga comigo: Deus é um Deus de desafios. Só que havia um problema: ele se achava incapaz. Desafio não é para covardes ou para fracos. Desafio é para valentes. Quando Deus propôs a Gideão ele disse: quem sou eu? Sou o menor na casa de meu pai, eu não tenho capacidade nenhuma e os midianitas estão muito bem armados. Ele colocou uma série de impedimentos. Ele precisava ser curado. O que impede de sermos valentes são as nossas feridas. Quando somos feridos enterramos nossa identidade. Feridos não avançam. Retrocedem, são temerosos e não prosperam. A ferida de Gideão era a sua identidade naquele momento. Gideão só via a sua identidade. E Deus disse: eu vou com você, homem valente! Acho que Gideão não acreditou. Mas Deus estava vendo a semente que Ele havia plantado em Gideão. E não adiante inventarmos argumentos porque Deus não vai desistir. E Deus não desistiu de Gideão, pois queria ensiná-lo alguns passos para conquistar. O valente nasce quando a alma é curada. Quando a alma é transformada por Deus surge um exercito vigoroso para conquistar. Quantos aqui desejam conquistar os sonhos de Deus? Vejamos os quatro passos para uma grande conquista.
Primeiro: acampar-se junto à fonte - V.1. Gideão trouxe os homens que com ele estava e acampou-se na fonte de Harode. O que é acampar? É estabelecer-se num território. Gideão permaneceu nesse lugar. Acampar-se significa investir tempo no relacionamento com Deus, buscar a interação com o Senhor. Gideão acampou-se junto à fonte de Harode. Quem é a nossa fonte? É Jesus. Há duas coisas para os que acampam junto à fonte:
I - é um tempo de consagração, de entrega, para desfrutar da presença do Senhor. Antes de lutar precisa se acampar. Muitos vão com a cara e a coragem. Não se consagram e não buscam ao Senhor, e por isso quando vão guerrear são derrotados.
II - é um tempo de preparação, para serem habilitados para um tempo de grandes batalhas e de conquistas. A Bíblia diz que Gideão antes de acampar fez várias provas com Deus. É um tempo em que Deus mostra que está conosco, e nos prepara e nos habilita; é junto à fonte! Quantos se sentem incapazes e tão pequenos, e isso parece normal. Mas quando vamos ao Senhor somos capacitados; aquele medo e aquela preocupação vão embora. Muitos são covardes e sempre vão ter medo. Quando chamados dizem não. São tantos os argumentos! Por que isso? Por que aquilo? Tudo porque não têm tempo com o Senhor. O primeiro passo é acampar-se junto à fonte: um tempo de consagração e de preparação.
Segundo: formar valentes Como formar valentes? Selecionando. Nesse mesmo tempo vimos que Gideão queria levantar um grande exército. Parece que ele mandou emissários a todas as tribos, chamando-os para a batalha, e conseguiu reunir 32 mil homens. E os acampou e os preparou para irem à batalha. Mas um povo não é um exército! Uma multidão não é só de valentes! Na multidão sempre há os covardes, os medrosos, os que se escondem atrás dos outros. Por isso as igrejas começam com poucos e não com uma multidão, pois tudo começa pequeno, com um grupo pequeno, para que desse grupo se manifestem os valentes. Como fazer para preparar aquelas pessoas? Como selecionar os valentes no meio de 32 mil homens? Quais os critérios a usar?
O primeiro critério foi o da timidez. Ele disse: quem é tímido pode ir embora. A timidez é uma retração que impede o romper. Quantos vivem na presença do Senhor mas são tímidos, não rompem e não avançam. Deus disse para ele mandá-los voltar. Timidez é covardia. E o que deve haver no lugar da timidez? Intrepidez e ousadia. Paulo disse que Deus não nos deu espírito de covardia, mas de fortaleza e ousadia. E Gideão selecionou. Então voltaram 22 mil homens. Agora já não era um grande exército.
E qual o segundo critério? O do medo. O medo é uma paralisação diante do perigo. E Gideão disse para os medrosos irem embora. Em Dt 5.8 Deus disse o mesmo a Moises. Cuidado: o medo é contagioso. Deus não quer medrosos no seu exército. Foi o que Ele disse a Gideão. O que fazer então? Tomar posse da coragem, assim você fica pronto para ser do exército.
O Terceiro critério foi o da falta de vigilância. Ele os testou na água e só ficaram 300. E Deus disse: com esses 300 você vencerá! Deus quer pessoas vigilantes. As vezes queremos fazer tudo de qualquer jeito. Parece que Deus estava preocupado com a etiqueta. Não. Deus queria nesses homens com uma característica do caráter dele: a vigilância.
Terceiro: sonhar e acreditar no sonhos - v.8-15. Deus lhe diz que se ainda estivesse temeroso fosse ao acampamento dos midianitas. E Deus lhe fez ouvir um sonho e a sua interpretação. Então Gideão adorou a Deus. Gideão não estava tomado daquele sonho. Muitas vezes estamos na visão mas não nascemos para a visão. O sonho passa a ser nosso, passa a ser entranhado dentro de nós. Gideão precisava de empolgação para estar naquele exército. O Senhor lhe mostrou o poder de um sonho. Quais os resultados que um sonho traz?
O sonho fortalece as mãos do líder para o trabalho. Os fracos não sonham, perderam o desejo de avançar, não têm ânimo nem disposição; sempre têm um argumento que os impede de avançar e de agir. Muitos líderes conhecem a fórmula correta mas não têm dentro de si fundamentado o sonho de Deus. O sonho fortalece pois não lhe falta ânimo e está sempre pronto para o trabalho. Qual outro resultado?
O sonho o faz tornar ao arraial. Ele gritou: o senhor entregou os midianitas nas mãos de vocês! No inicio ele se achava o menor e insignificante. Ele dizia: Senhor eis me aqui, envia aquele ali. Mas ele fez algo fantástico: voltou ao arraial. Quantos foram embora do arraial de Deus porque perderam os sonhos. Mas ele voltou e disse: agora eu vou fazer o que Deus me mandou. Se você teve alguém que saiu do arraial ore ao Senhor. O sonho faz tornar ao arraial. Se ele ficasse parado o sonho se transformaria em pesadelo.
Outro resultado: o sonho restaura o altar de Deus. E o que é o altar de Deus? A palavra diz (v.15) que Gideão tornou ao arraial e adorou. Quando sonhamos fica mais fácil adorar a Deus e construir altares para Deus. Nós aprendemos que em cada reunião de célula precisa haver três altares: a palavra, a oferta e o louvor. E Gideão adora ao Senhor e começa a executar o sonho que Deus havia plantado nele. Qual o outro resultado?
Temos a nossa fé ativada. Ele antes perguntava: como fazer? Agora ele sabe.
Outro resultado: o sonho motiva o seu companheiro. Alguns dizem: é, vamos lá porque o pastor pediu. Não, Gideão motivou seus companheiros. Ele disse: todos de pé! pois Deus nos entregou os inimigos em nossas mãos (v.15). Ele agora tinha um sonho, ele viveu a revelação do sonho de Deus, tomou a revelação e ousou segui-la. Diga assim: neste ano de 2015 eu viverei o poder de um sonho! E o que um sonho faz? Fortalece as mãos do líder para o trabalho, faz voltar ao arraial, restaura o altar de Deus e a fé é ativada.
Quarto: apropriar-se das armas de Deus - v.16-20. O texto fala de uma corneta, um vaso de barro e uma tocha acesa dentro do vaso. E disse para fazerem igual ao que ele iria fazer. E no final deveriam gritar: pelo Senhor e por Gideão! Na troca da guarda, quase à meia noite, tocaram as cornetas e quebraram os vasos de barro e depois gritaram: Espada pelo Senhor e por Gideão! Nesse texto você não vê os instrumentos tradicionais de guerra de um exército. Mas uns materiais diferentes. Deus quer que usemos armas diferentes.
A primeira arma nesse texto: a buzina, ou shofar, ou a corneta. O que representa? A capacidade de pregar a palavra. Essa é uma arma para vencer e para conquistar. O que fazer? Abra a boca e pregue o evangelho, a tempo e fora de tempo. Sempre é hora de usar a palavra. Ministre a palavra, faça correr a palavra de Deus sobre outras pessoas. O som da buzina é ouvido mais adiante. Deus quer que alcancemos a muitos. Utilize o shofar que Deus te deu.
A segunda arma ou aparato para a batalha: o vaso de barro. O que representa? O quebrantamento. É necessário humilhar-se de tal forma que você pareça estar quebrado. A palavra quebrantamento significa estar quebrado diante de Deus. Em Jr 18 há o processo para se formar o vaso. Representa a necessidade de ter um coração quebrantado. Davi disse: um coração quebrantado não o desprezarás, ó Deus. Estar disposto, como um menino, diante de Deus. E é o que o Senhor quer que sejamos moldáveis por Deus. Não pode ser valente sem ser trabalhado por Deus. Você talvez pense que está pronto, mas isso não existe, sempre é necessário ter treinamento. Tem que haver seminário, preparação; não dá para fazer parte do exército sem ser moldado.
Outro aparato de guerra: A tocha. Serviria para iluminar e representa a presença do Espírito Santo. Em Lev 23.13 o Senhor disse a Moisés: o fogo arderá continuamente sobre o altar e não se apagará. O valente precisa desse fogo na escuridão.
Por fim a unidade. A unidade é uma arma poderosa. Se Gideão tivesse todas as armas, mas não a unidade ele não venceria a batalha. O que fez a diferença foi agir todos ao mesmo tempo. Unidade é todos fazerem a mesma coisa, juntos. Era necessário atuar junto. Deus não atua nem dá vitória para um exército que não é inteiro; precisa haver inteireza e unidade. A palavra diz que um povo dividido não prospera. Por que o inimigo gosta de impedir a unidade? Porque assim ele impede a prosperidade e a conquista, e a bênção do Senhor. Hoje temos o privilégio do Senhor de ter quatro armas de guerra: a buzina, o cântaro, a unção do Espírito Santo e a unidade.
Conclusão
Como ser um conquistador? O v. 21 conta o resultado. Gideão tornou-se valente, gerou valentes, apropriou-se das armas e o resultado diz: feito isso pararam e ficaram nos seus lugares observando. Quando fazemos o que Deus nos manda precisamos só ficar observando. No caso deles os inimigos fugiram gritando, e uns aos outros se feriram e houve grande mortandade de ponta a outra do acampamento. E ficou a terra de Israel em paz durante quarenta anos nos dias de Gideão (8.28).
Texto da mensagem ministrada nos cultos de celebração da Igreja do Evangelho Pleno de Araguari-MG e em todas as demais Igrejas sob cobertura em 07/12/2014
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